Dicas de Restauração
Aquele móvel antigo de família, que está deteriorado, escondido num canto da casa, pode ficar novinho em folha e passar a ser o destaque da decoração. Afinal, misturar peças de época e contemporâneas é uma tendência atual. A solução é recorrer a profissionais especializados para restaurar e resgatar o valor histórico e afetivo do móvel.
O primeiro passo é decidir se vale a pena restaurar ou se é melhor reciclar. Segundo Luiz Cláudio Began, proprietário da Began Antigüidades, de São Paulo, se o objetivo é manter o preço da peça sempre em alta e valorizá-la com o passar dos anos, deve-se restaurar. Se a intenção é simplesmente adequá-la ao uso diário, com interferências decorativas (pátina, texturas, decapê, mosaicos etc.), o mais indicado é reciclar. Mas, cuidado: se a peça tem valor histórico muito alto, como as dos séculos XVIII e XIX ou as assinadas por designers famosos, as interferências podem desvalorizá-la. "As modificações devem ser feitas preferencialmente em móveis do século XX", sugere Began.
Na restauração, portanto, o compromisso do profissional especializado é trazer o objeto "de volta ao nascimento", ou seja, deixá-lo exatamente como era ao ser produzido, sem nenhum vestígio da recuperação. Já na reciclagem, não há comprometimento com a aparência original, pois a intenção é apenas aproveitar uma boa peça, dando-lhe uma "cara nova". Segundo Began, o ideal é que o serviço de restauração seja realizado por um profissional especializado, já que é necessário ter conhecimentos para identificar os materiais usados, além de dominar técnicas e aparelhagens específicas para a realização de um trabalho coerente com as características originais do objeto.
-Texto: Rosana Ferreira Fotos: Ricardo D''''''''Angelo e Graziella Widman - Revista Viver Bem Matéria publicada na edição 130. Julho/04
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